IAs generativas x segurança dos dados: o que sua empresa deve saber 

As Inteligências Artificiais generativas (IAs generativas), como o ChatGPT, destacam-se em diversas áreas devido ao seu caráter criativo e à capacidade de emular características e interações humanas. No entanto, apesar do seu potencial inovador, essas tecnologias também levantam questões importantes relacionadas à segurança, ou mais especificamente, à cibersegurança. A IA pode ser uma aliada valiosa ou uma ameaça potencial à segurança dos dados, dependendo de como é utilizada. 

Por isso, as estratégias de cibersegurança no contexto da IA devem ser proativas e estar em conformidade com regulamentações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil. Esta legislação estabelece diretrizes para o tratamento de dados pessoais e exige que as empresas adotem medidas de segurança adequadas para prevenir vazamentos e outros riscos à privacidade. 

O panorama atual das IAs generativas e a segurança dos dados 

Atualmente, as IAs generativas estão sob o escrutínio de figuras influentes do setor de tecnologia e por entidades governamentais e privadas, de maneira similar ao que ocorreu com as redes sociais. A preocupação central reside na gestão e proteção de dados sensíveis. 

Conforme um estudo da Cisco sobre privacidade de dados, realizado em 2024, 27% das organizações optaram por suspender o uso dessas tecnologias temporariamente, motivadas por questões de privacidade e segurança. Adicionalmente, 91% das empresas reconhecem a importância de intensificar esforços para assegurar aos clientes o uso legítimo de seus dados. 

Neste contexto, 98% das corporações consideram que as certificações de privacidade obtidas de fontes externas desempenham um papel decisivo em suas decisões de aquisição. 

Vulnerabilidades e oportunidades das IAs generativas 

As IAs generativas carregam consigo diversas vulnerabilidades que requerem gerenciamento. Entre as principais preocupações está o uso inadequado de chaves de acesso, que pode resultar em vazamentos de informações.

De acordo com uma pesquisa da Cisco, 48% das empresas admitem ter inserido dados confidenciais em ferramentas de IA generativa. Além disso, configurações incorretas de permissões de privacidade podem deixar expostos dados sensíveis ou possibilitar alterações não autorizadas nos sistemas de IA. 

Entretanto, a IA generativa também pode ser empregada para reforçar a segurança dos sistemas. Um relatório global da IBM aponta que a maioria das empresas dá preferência a soluções de segurança que incorporam IA generativa, ao invés de abordagens mais convencionais. 

O aumento constatado nos orçamentos de cibersegurança evidencia a relevância cada vez maior da IA na proteção de dados. Executivos afirmam que o investimento em IA é uma tática eficaz para prevenir e enfrentar ameaças cibernéticas.

O crescimento de 51% nos orçamentos de cibersegurança de IA para 2023, em relação a 2021, e a projeção de um aumento adicional de 43% até 2025, refletem esse compromisso. 

Desafios de compliance e governança  

Manter-se em dia com as melhores práticas de compliance e governança de dados é um desafio para muitas empresas. Por isso, é crucial que as organizações se mantenham vigilantes e informadas sobre as práticas recomendadas para assegurar que utilizem as capacidades de IA sem comprometer a segurança de seus próprios dados e dos seus clientes. 

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil e o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia são padrões internacionais que ressaltam a importância da autodeterminação informativa e do respeito à privacidade. O GDPR, em particular, é uma legislação abrangente que regula a coleta e o processamento de dados pessoais. 

Segurança dos dados pede medidas proativas na era da IA 

A adoção de uma abordagem proativa para a segurança dos dados é fundamental no cenário atual de ameaças cibernéticas em constante evolução.  

Isso envolve várias estratégias e práticas, incluindo: 

  • Detecção de ameaças: feita com base no treinamento da IA com grandes volumes de dados para reconhecer padrões de tentativas de intrusão, malware e outras ameaças em tempo real; 
  • Análise de incidentes: realização de análise do incidente após ocorrido para entender como ele foi feito. Isso ajuda a aprimorar os sistemas de segurança e a prevenir futuros ataques; 
  • Testes de vulnerabilidade: execução de testes regulares para identificar e corrigir vulnerabilidades nos sistemas de TI. Isso pode incluir testes de penetração, avaliações de segurança e simulações de ataque. 

O papel do profissional de TI terceirizado na cibersegurança 

A contratação de profissionais de TI terceirizados é uma alternativa eficaz para empresas que desejam reforçar sua segurança. Esses profissionais possuem conhecimento técnico atualizado e especializado, essencial para a implementação de sistemas de segurança avançados. 

Optar por esse modelo também oferece flexibilidade operacional, permitindo que as empresas ajustem suas equipes rapidamente de acordo com as necessidades do projeto, evitando os custos e compromissos de longo prazo da contratação de funcionários em tempo integral. 

Adicionalmente, os profissionais terceirizados podem proporcionar uma perspectiva externa, identificando vulnerabilidades que podem não ser aparentes para a equipe interna à primeira vista. 

Garantindo um futuro seguro com IAs generativas 

Para garantir um futuro seguro com as IAs generativas, é necessário implementar estratégias robustas de segurança de dados e governança. O mercado global de cibersegurança de IA está projetado para ultrapassar 133 bilhões de dólares de 2023 a 2030, segundo a Techopedia.  

As organizações que integraram completamente soluções de cibersegurança de IA economizam cerca de 1,8 milhão de dólares em comparação com aquelas que não o fizeram. Como resultado, 69% das empresas consideram a IA uma parte essencial de sua estratégia de cibersegurança.

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